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		  | *Amador sem coisa amada 
 Resolvi andar na rua
 com os olhos postos no chão.
 Quem me quiser que me chame
 ou que me toque com a mão.
 
 Quando a angústia embaciar
 de tédio os olhos vidrados,
 olharei para os prédios altos,
 para as telhas dos telhados.
 
 Amador sem coisa amada,
 aprendiz colegial.
 Sou amador da existência,
 não chego a profissional.
 
 António Gedeão
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